METS E DUBLIN CORE: DEFINIÇÃO, COMPARATIVOS E FUNÇÕES
O que é METS? É a sigla para Metadata Enconding and Transmission Standard. O Metadata Encoding & Transmission Standard (METS) é um XML Schema elaborado sob o patrocínio da Digital Library Federation e mantido pela Biblioteca do Congresso Norte Americano. Ele permite a criação de uma rica estrutura capaz de registrar, não apenas os múltiplos tipos de metadados usados para descrever o acervo de uma biblioteca digital, como também, os próprios objetos digitais, seja para gerenciá-los, seja para permitir o intercâmbio entre diferentes instituições.
O METS utiliza XML Schema para sua estrutura,definindo um padrão para a codificação de documentos XML que podem conter uma relação de todos os arquivos ou, até mesmo, os próprios arquivos que compõem um ou diversos objetos digitais, juntamente com seus metadados descritivos, administrativos e estruturais. Com os metadados estruturais são registrados os relacionamentos existentes tanto entre os arquivos que compõem um objeto digital, como entre diferentes objetos digitais . Esses relacionamentos podem ser do tipo hierárquico, ou em rede (comum em documentos com hipertexto).
Outros padrões baseados em XML podem ser incorporado numa ficha METS como metadados descritivos.
Um documento METS pode ser formado por sete grandes seções, a saber: metsHdr, que identifica o próprio documento METS; dmdSec, que contém metadados descritivos; amdSec, que contém metadados administrativos; fileSec, que relaciona os arquivos que compõem o objeto digital descrito no documento METS; structMap, que representa a estrutura hierárquica entre os arquivos; structLink, que representa a relação entre nós da estrutura hierárquica e, por fim, behaviorSec, que associa o objeto digital a códigos executáveis (softwares) para interação com seu conteúdo.
exemplo de estrutura METS |
Sobre as seções da estrutura METS:
Cabeçalho METS - O cabeçalho METS contém metadados descrevendo o documento METS em si, incluindo informação como o criador, editor, etc...
Metadados Descritivos - A secção de metadados descritivos pode apontar para metadados descritivos externos ao documento METS (e.g., um registo MARC num OPAC ou um registo EAD mantido num servidor Web), ou conter metadados descritivos embebidos, ou ambos. Múltiplas instancias de metadados descritivos, tanto internas como externas, podem ser incluídos na secção de metadados descritivos.
Metadados Administrativos - A secção de metadados administrativos oferece informação sobre como os ficheiros foram criados e armazenados, direitos de propriedade intelectual, metadados sobre o objecto original a partir do qual o objecto digital foi derivado, e informação sobre a proveniência dos ficheiros que compõem o objecto digital (i.e., relações de ficheiros originais/derivados, e informação de migração/transformação). Tal como os metadados descritivos, os metadados administrativos podem ser tanto externos ao documento METS, ou codificados internamente.
Secção de Ficheiros - A secção de ficheiros lista todos os ficheiros que contêm as versões electrónicas do objecto digital. Elementos <file> podem ser agrupados em elementos <fileGrp>, para permitir a subdivisão de ficheiros por versão do objecto.
Mapa Estrutural - O Mapa Estrutural é o coração do documento METS. Ele esboça uma estrutura hierárquica para o objecto da biblioteca digital, e liga os elementos dessa estrutura a ficheiros com conteúdos e metadados referentes a cada elemento.
Ligações Estruturais - A secção de Ligações Estruturais do METS permite aos criadores METS registar a existência de hiperligações entre nós na hierarquia esboçada no Mapa Estrutural. Esta secção tem um valor particular na utilização do METS para arquivar sites.
Comportamento - Uma secção de comportamento pode ser usada para associar comportamentos executáveis com o conteúdo no objecto METS. Cada comportamento numa secção de comportamento tem um elemento de definição de interface que representa uma definição abstracta do conjunto de comportamentos representado por uma secção de comportamento particular. Cada comportamento também tem um elemento de mecanismo que identifica um módulo de código executável que implementa e executa os comportamentos definidos de forma abstrata perla definição de interface.
DUBLIN CORE
Dublin Core é um esquema de metadados que visa descrever objetos digitais, tais como, videos, sons, imagens, textos e sites na web. Aplicações de Dublin Core utilizam XML e o RDF (Resource Description Framework).
A Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) (Iniciativa Dublin Core Metadados) é uma organização dedicada a promover a adoção de padrões de interoperabilidade de metadados e desenvolver vocabulários especializados para descrever fontes e recursos da Web para que os sistemas de busca e recuperação de informações sejam mais rápidos e flexíveis.
A iniciativa Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) teve origem em 1994, em Chicago, Estados Unidos, durante a segunda Conferência Internacional sobre a Web. A DCMI voltou a se reunir em 1995, dessa vez em Ohio, também nos Estados Unidos. Dessa reunião surgiu o padrão de metadados que vem sendo amplamente utilizado no mundo todo.
O padrão Dublin Core inclui dois níveis: Simples e Qualificado. O Dublin Core Simples inclui quinze elementos, o Qualificado inclui três elementos adicionais (Audiência, Proveniência e Detentor de Direitos), assim como um grupo de refinamentos de elementos (também chamados qualificadores), que refinam a semântica dos elementos de maneira que sejam úteis na descobertas de recursos.
Esses são os 15 elementos do Dublin Core simples:
1. Título
2. Criador
3. Assunto
4. Descrição
5. Editor
6. Colaborador
7. Data
8. Tipo
9. Formato
10. Identificador
11. Fonte
12. Idioma
13. Relações
14. Cobertura
15. Direitos
elementos do dublin core |
exemplos de estruturação de metadados usando o padrão dublin core:
REFERÊNCIAS
METS
Dublin Core
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